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O planejamento familiar como forma de prevenir deficiências

Os riscos de malformações acontecem durante as primeiras semanas de gestação

16 de Junho
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A deficiência não é uma doença, mas pode ser causada por uma doença, assim como por acidentes, condições sociais e econômicas, fatores orgânicos, hereditários e genéticos. Nesse sentido, as práticas preventivas devem ser aplicadas em diferentes momentos: pré-concepcional (antes da gravidez), pré-natal (durante a gestação), perinatal (no momento do parto), pós-natal (após o nascimento), na infância e ao longo da vida. 

Diante disso, a Assistente Social, Veridiane da Rosa e a psicóloga Raquel Cristine Beling da Apae de Pinhalzinho ressaltam a importância de um planejamento familiar, como um comportamento preventivo deve ser iniciado a partir do momento em que o casal decide ter filhos. “Os riscos de malformação do feto geralmente ocorrem durante as primeiras semanas de gestação”, destacam.

Conforme Veridiane, ter boa saúde ainda no planejamento do futuro bebê é fundamental, da mesma forma que manter uma rotina saudável durante a gravidez. “Acompanhamento médico, exames e vacinas em dia, hábito de uso de preservativos/prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, alimentação adequada, uso recomendado do ácido fólico, cuidados com bebidas alcoólicas, drogas, cigarro ou se expor a substâncias tóxicas são fundamentais”.

O primeiro passo deve ser buscar acompanhamento médico, sendo solicitada uma série de exames importantes para eliminar alguns riscos de problemas com o bebê, pois além das causas hereditárias (alterações genéticas ou cromossômicas, como a Síndrome de Down), algumas deficiências podem ser provocadas por problemas de saúde dos futuros pais. “Os principais exames são: hemograma, glicemia, reação sorológica para Sífilis, HIV (AIDS), tipagem sanguínea, toxoplasmose, hepatite”, colocou Raquel.

De acordo com as profissionais ao falar de saúde se referem a ela de forma integral, considerando tanto os aspectos físicos quanto os aspectos psicológicos. Estudos demonstram que o período gravídico-puerperal é a fase de maior incidência de transtornos psíquicos na mulher. “É preciso atenção especial para manutenção do bem-estar e prevenção de dificuldades futuras para o desenvolvimento cognitivo e emocional do filho”, pontuaram.

O ideal é o casal começar a agir antes de estarem grávidos. Esta ponderação é tão importante tanto para os homens como para as mulheres, pois o material genético que compõe o bebê é proveniente de ambos. “As orientações para os homens são praticamente as mesmas previstas para as mulheres”, indicou Veridiana.

O histórico da gestante e seu parceiro pode indicar uma gravidez de risco segundo Raquel se houver problemas de saúde, gravidez anterior de risco, a idade avançada ou precoce dos pais, situações de violência e privação socioeconômica, casos de deficiência na família. “O casal deve procurar, antes da gravidez, um serviço de genética médica para estudo cromossômico e para conhecer as probabilidades de possíveis alterações no feto”.

Os casos de gravidez de risco exigem práticas preventivas específicas tanto no período pré-concepcional como no pré-natal. Uma avaliação que deverá contar sempre com apoio de profissionais especializados. “Ressalta-se que é preciso transmitir conhecimentos e informações junto a toda a sociedade acerca da importância da prevenção às deficiências, do diagnóstico precoce”, completaram as profissionais.