O município de Pinhalzinho enfrentou uma nova epidemia de Dengue, superando as preocupações da população e autoridades sanitárias. Desde janeiro, a cidade já contabilizou 513 casos confirmados da doença, distribuídos por diferentes bairros e faixas etárias, repetindo um cenário vivido em 2016, quando a cidade registrou o maior número de casos autóctones no estado.
Em 2016, a epidemia de Dengue em Pinhalzinho apresentou números de 2.453 casos, com maior incidência nos bairros Santo Antônio, Centro, Pioneiro e Divinéia. O bairro Pioneiro foi o mais afetado, com 509 casos, seguido pelos bairros Santo Antônio com 375 casos, Centro com 331 casos, e Divinéia com 334 casos. Neste ano, os dados indicam que a epidemia de 2024 também tem causado impacto significativo, com 27,9% dos casos concentrados no Bairro Pioneiro e seus loteamentos, 14,6% no Bela Vista e 12,3% no Jardim Maria Terezinha.
Conforme as autoridades de saúde, 52% dos casos confirmados são de pacientes do sexo masculino e 48% do sexo feminino. A faixa etária mais afetada varia entre 20 e 69 anos, representando 73,5% dos casos. Em contraste, crianças menores de 4 anos têm sido as menos acometidas, com apenas 0,5% dos casos. Idosos acima de 70 anos representam 8,2% dos casos, mas este grupo apresenta a maior taxa de incidência relativa à sua população.
A Secretaria de Saúde de Pinhalzinho destacou que, em comparação com a epidemia de 2016, a atual crise é agravada pela circulação de dois subtipos do vírus, DENV 1 e DENV 2, especialmente nos bairros Pioneiro e Bela Vista. A co-circulação desses subtipos explica o aumento expressivo no número de casos, considerando que muitos dos infectados em 2016 com o subtipo DENV 1 agora contraíram o DENV 2.
O impacto da epidemia tem sido severo. Ao todo, 33 pacientes precisaram de internação hospitalar, dos quais 17 apresentaram sinais de alarme, como aumento progressivo do hematócrito, queda abrupta de plaquetas e sangramento de mucosas. Um paciente apresentou sinais de gravidade e, infelizmente, dois óbitos foram registrados, refletindo uma taxa de mortalidade de 0,39% em relação ao total de casos.
A progressão dos casos ao longo das semanas epidemiológicas demonstra um padrão similar ao de 2016, com um pico significativo na semana 20 (12 a 18 de maio), quando 81 casos foram registrados. Essa situação exige uma resposta coordenada das autoridades sanitárias para conter a disseminação da doença e prevenir futuros surtos.
Em resumo, a nova epidemia de Dengue em Pinhalzinho destaca a necessidade de medidas preventivas rigorosas e o fortalecimento das estratégias de controle do vetor. A população é chamada a colaborar com ações de eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, enquanto as autoridades devem intensificar as campanhas de conscientização e os esforços de vigilância epidemiológica.