Em 2024, celebram-se os 200 anos da imigração alemã no Brasil, um importante marca para a história do país, especialmente na região Sul, onde muitas cidades foram formadas por colonos alemães. Entre os municípios catarinenses que mantêm viva essa herança cultural, Saudades é uma delas. No interior do município, na comunidade de Linha Santa Teresinha, mora o casal Zeno Fischer e Lucia Schweltz que ainda mantém os costumes e o dialeto alemão.
Zeno comenta que seus pais vieram do município de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, uma das primeiras áreas de colonização alemã no Brasil. Ele recorda como, mesmo com a exigência de falar português na escola, o alemão sempre prevaleceu em casa. “A gente ia pra escola, tinha que falar o brasileiro, mas em casa, nós falávamos a língua alemã. E até hoje, eu e minha companheira mantemos o alemão vivo dentro da nossa casa, misturado com o português”, comenta zeno.
Lucia comenta que sempre tenta manter vivo o dialeto alemão com seu neto, nora e filhos. “Eu sempre expliquei para os meus filhos: ‘Não vamos perder a língua alemã’. Meu pai, por exemplo, não sabia falar português, ele sempre falou alemão. Eu sou alemão, e quero que as minhas gerações também saibam falar a nossa língua”.
A casa do casal fala das tradições que ainda mantém viva na rotina sendo constantemente na troca entre expressões em alemão e português, um reflexo do forte vínculo que eles mantêm com sua origem. Zeno e Lucia ainda preservam costumes que foram sendo passados por gerações.
