O que é bullying? E cyberbulling? O que fazer em caso de bullying? Quais são os possíveis sinais de bullying em crianças e adolescentes? Quais são as consequências para quem pratica? O que fazer para evitar o bullying na escola? Essas foram as perguntas que 45 alunos do oitavo e nono anos da Escola Objetivo de Pinhalzinho tiveram que responder durante uma atividade do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na manhã desta quarta-feira (31). No início do mês, a ação foi realizada com estudantes do quinto, sexto e sétimo anos da escola.
A Promotora de Justiça Raquel Marramon da Silveira, titular da comarca, explica que criou um jogo de perguntas e respostas sobre o bullying para tornar a atividade com alunos mais ativa e lúdica. A ideia do jogo é buscar conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância de ações de combate ao bullying. Durante a atividade, os estudantes são divididos em seis grupos e devem responder a diferentes questões sobre o tema. Para estimular a participação, o grupo que responder de forma mais completa e destacar algumas palavras-chave importantes ganha uma premiação simbólica ao final.
“A própria escola buscou o Ministério Público em razão da dificuldade que eles tinham em lidar com o assunto sozinhos. A partir disso, criamos esse projeto na Promotoria de Justiça com uma ideia de trazer uma atividade que engaje os alunos na reflexão e não apenas uma palestra, em que muitas vezes eles acabam se dispersando e tendo pouco aproveitamento. Agora, o próximo passo é poder ampliar o projeto e levar o jogo para outras escolas que estejam enfrentando dificuldades para encarar o problema do bullying sozinhas”, ressalta.
A professora de Língua Portuguesa Bruna Trombini Schneider destaca que é de extrema importância que a escola abra as portas para iniciativas como essa, porque, apesar de muitos pensarem que a escola é um espaço apenas de conteúdos didáticos, também tem o papel de formar cidadãos. “Práticas como essa relacionadas ao bullying, que parecem tão ultrapassadas, ainda se fazem presente na sociedade e os alunos precisam discutir, precisam pensar sobre o assunto, perceber quando estão em práticas como essas e diminuir na sua totalidade. Essa atividade pode auxiliar, uma vez que ela vem de uma forma diferente, numa dinâmica, numa conversa”, enfatiza.
Lorenzo Oberherr Mandarano, do oitavo ano, relata que gostou muito do jogo. “Foi uma experiência diferente na escola, uma experiência que talvez ajude a gente no futuro. Agora, se vermos alguém sofrendo bullying, vamos ter mais capacidade de ajudar, aconselhar que a pessoa procure ajuda e denuncie e que pode contar com o Ministério Público”, relata.
Já a estudante Amanda Giachini Arisa, também do oitavo ano, agradeceu à Promotora de Justiça, “porque, além de ela ter disponibilizado um tempo para nós, para vir até a nossa escola, falar conosco, ela também trouxe algo mais dinâmico, porque assim a gente pode entender mais e todos nós pudemos participar”, disse.
Por fim, Isadora Kleinschmitt, do nono ano, ressalta que achou superinteressante o conteúdo trazido. “Realmente foi muito bom para a turma toda para a gente conhecer mais como é o bullying e as consequências. Agora, a gente sabe que tem que pedir ajuda se a gente estiver sofrendo ou, se quiser também denunciar algum caso, tem que procurar algum adulto, os pais, os professores ou a Promotoria. Sempre vai ter alguém para ajudar nesses momentos”, finaliza.
Bullying é um termo que se refere a atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo contra uma pessoa em uma posição vulnerável. Essas ações podem ocorrer em diferentes ambientes, como em escolas, lno trabalho e até mesmo on-line.
As consequências do bullying são graves, podendo incluir danos emocionais e psicológicos significativos para as vítimas, que muitas vezes se sentem isoladas e sem apoio. É importante que haja conscientização sobre o bullying e medidas de prevenção e combate a essas práticas para garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos.
A campanha “Bullying: isso não é brincadeira” é uma forma de comunicar e esclarecer o assunto. Vídeos informativos e educativos, material para download, orientações e outras informações estão disponíveis no portal da instituição. Os materiais podem ser utilizados em escolas e em outras instituições ou por profissionais que desejem falar sobre o tema. Bullying não é brincadeira.
Acesse os materiais da campanha aqui: Bullying. Isso não é brincadeira. (mpsc.mp.br).
- Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social – Correspondente Regional em Chapecó
